quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mecanismos Regulatórios do Estado: CVM aperta o controle de risco das empresas

Grandes e tradicionais empresas nacionais, como Sadia e Aracruz, foram tragadas pelos prejuízos causados por derivativos "tóxicos" em meio à crise financeira global e a responsabilidade por investimentos de alto risco foi objeto de disputas judiciais entre conselhos de administração e executivos financeiros. A regulação que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está prestes a adotar, como parte da mudança da instrução 202, de 1993, torna mais difíceis a repetição de aventuras como as que quase afundaram dezenas de empresas nacionais. Ela aperfeiçoa a obrigatoriedade de divulgação da política de gerenciamento de riscos, com a discriminação dos investimentos e a definição das responsabilidades pelas decisões nas aplicações.

Com o novo sistema de registro, a CVM vai exigir que as companhias abertas revelem sua política para gerenciamento de riscos de mercado complementando uma instrução de 2008 (a 475), feita as pressas em meio ao pânico para remediar a escassez de informações sobre exposição a riscos. Investimentos realizados em outras sociedades e a explicação de sua importância para a empresa tornaram-se informações obrigatórias. Em toda emissão de títulos (ações, debêntures etc.), essas informações deverão constar do material de divulgação aos investidores. (págs. 1 e D1)

Correio Brasiliense

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MONITORAMENTO DE CONTAS BANCÁRIAS PELO BANCO CENTRAL (Enviado por Luiz Carlos Nogueira)

É importante que você tenha conhecimento que suas contas bancárias estão sendo
monitoradas pelo Governo.
Apelidado de Hal, o cérebro eletrônico mais poderoso de Brasília fiscalizará as
contas bancárias de todos os brasileiros.
Desde a manhã da segunda-feira do dia 07/05/2009, trabalha sem cessar no quinto
subsolo do Banco Central um supercomputador instalado especialmente para reunir,
atualizar e fiscalizar todas as contas bancárias das 182 instituições financeiras
instaladas no País.
Seu nome oficial é Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional - CCS na
sigla abreviada, já apelidado de HAL.
A primeira carga de informações que o computador recebeu durou quatro dias.
Ao final do processo, ele havia criado nada menos que 150 milhões de diferentes
pastas - uma para cada correntista do País, interligadas por CPF's e CNPJ's aos
nomes dos titulares e de seus procuradores.
A cada dia, Hal acrescentará a seus arquivos cerca de um milhão de novos registros,
em informações providas pelo sistema bancário.
Quando o sistema se estabilizar, o CCS deverá responder a cerca de 3 mil consultas
diárias.
Toda conta que for aberta, fechada, movimentada ou abandonada, em qualquer
banco do País, estará armazenada ali, com origem, destino e nome do proprietário.
São três servidores e cinco CPU's de diversas marcas trabalhando simultaneamente,
no que se costuma chamar de cluster.
Este conjunto é o novo coração de um grande sistema de processamento que ocupa
um andar inteiro do edifício-sede do Banco Central.